Calendário apresentado pelo governo aos prefeitos sugere atividades presenciais nas redes pública e privada a partir de 8 de setembro
Se depender do cronograma estabelecido pelo governo do Estado, o retorno das atividades presenciais nas escolas das redes pública e privada se dará a partir da próxima terça-feira, dia 8.
As datas foram apresentadas na terça-feira (1º) à direção da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Conforme o calendário, a retomada das aulas será escalonada, com 15 dias de intervalo entre uma etapa e outra.
A primeira a ser liberada será a Educação Infantil, seguida do Ensino Superior e Médio privado, Médio público, Fundamental anos finais e Ensino de Jovens e Adultos (EJA) e, por último, Fundamental anos iniciais.
Apesar da indicação de retomada iniciando dentro de uma semana, os prefeitos não estão obrigados a adotar.
O governo optou por estabelecer sistema facultativo. Ou seja, o cronograma aponta datas a partir das quais as atividades presenciais estarão autorizadas pelo Estado, cabendo aos prefeitos seguir ou não o indicado.
Ainda que tenha definido isso para as cidades, o próprio governo do Estado disse que na rede estadual a previsão de que haja condições de retomada ficou para 13 de outubro. Entre as exigências fixadas pelo Comitê Técnico do Palácio Piratini para a liberação das aulas nos municípios está a necessidade de estar em bandeira amarela ou a pelo menos duas semanas em laranja.
A classificação válida é a indicada pelo governo no Distanciamento Controlado, sem levar em conta a cor aplicada pela própria região no modelo de cogestão. Além disso, deverão ser obedecidos protocolos sanitários como horários diferenciados de chegada e saída das turmas para evitar aglomeração, turnos reduzidos, aferição de temperatura e distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os alunos, com 50% da capacidade das salas.
Famurs e Azonasul contra
Presidente da Famurs e prefeito de Taquari, Maneco Hassen (PT) manteve posição contrária à retomada das aulas. Para ele, ainda não há programa de testagem efetivo e estrutura mínima para que os protocolos sejam cumpridos. “Nós, municípios, teremos que fazer o experimento, o teste e correr o risco de ter alunos contaminados, enquanto o Estado espera e, se tudo der certo, volta em 45 dias. Mais uma vez a responsabilidade fica com os prefeitos e prefeitas” reprovou.
Já o prefeito de Arroio Grande e presidente da Azonasul, Luís Henrique Pereira (PP), argumenta que o ano letivo deve ser cancelado. Nos próximos dias a associação fará reunião extraordinária para elaborar nota técnica e posição da entidade.
O cronograma
Etapa Início Total de alunos
*
Educação Infantil 8/set - 458.003
Ens. Superior e Médio privado 21/set - 516.072
Ens. Médio público 13/out - 345.005
Ens. Fundamental (finais) e
EJA 28/out - 635.239
Ens. Fundamental (iniciais) 12/nov -706.894
* Número de estudantes considerando redes municipal, estadual, federal e privada.
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