sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Paralisação da usina gera incertezas quanto ao futuro

 


O vencimento dos contratos de venda de energia em 31 de dezembro, levou a paralisação da Usina de Candiota III. Ou seja, a partir do dia 1º de janeiro, a usina não tem para quem vender a energia que produz – não tem contrato para venda. 

Ela pode esperar para vender no mercado livre para quando alguém estiver precisado, mas não é o caso agora. As informações são do diretor de comunicação do Sindicato dos Mineiros de Candiota, Hermelindo Ferreira. Segundo ele, todas as hidrelétricas estão com as barragens cheias, portanto não precisam comprar energia das termelétricas. 

“Esse é o principal motivo de ela estar parada”, explica. A sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de Lei 576/2021 é apontado como vital para a usina. A proposta já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. De acordo com Ferreira, Lula tem até o dia 10 de janeiro para sancionar ou vetar esse projeto, que garante a operação da usina até 2050. 

Conforme o representante no sindicato, na próxima segunda-feira (06/01), às 10h será feita uma manifestação em frente a usina, que tem como objetivo sensibilizar o ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa e a presidência da República - para a importância da sanção desse projeto. Ferreira explica, que em caso de o projeto ser vetado por Lula, ele volta para o Senado, que irá analisar o veto do governo. Se isso acontecer, os senadores voltam a votar para derrubar o veto presidencial ou mantê-lo. 

O sindicalista lembra, que voltando para o Senado, não há prazo para votação. “Enquanto isso a gente não tem uma afirmativa do que pode acontecer com a usina, se ela segue produzindo ou não”, pontua.

“Não tem como ter essa afirmativa por enquanto, porque dependerá muito do mercado consumidor de energia, se alguém tiver precisando de energia aí a usina disponibilizará e entra em funcionamento”, acrescenta. 

Porém reafirma, que neste momento, as hidrelétricas estão com as barragens cheias e estão usando essa água. “ São questões que nos preocupam muito porque deixa uma grande incerteza quanto ao futuro da Usina de Candiota III e principalmente o futuro econômico da nossa região”, afirma Ferreira.

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