segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Pesquisa vai ouvir 1,3 mil pessoas no RS para saber por que crianças não são vacinadas


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A partir desta quarta-feira (18), pesquisadores do Instituto Amostra dão início a um levantamento para tentar responder a uma pergunta da Secretaria Estadual de Saúde (SES): A pesquisa, proposta pela secretária Arita Bergmann, será feita em 13 municípios gaúchos, incluindo a Capital. 
Os pesquisadores do instituto contratado por meio de licitação vão abordar responsáveis por crianças de até seis anos em locais de grande circulação, como nas proximidades de escolas. Por meio de uma série de perguntas, vão tentar descobrir se a criança deixou de receber alguma das vacinas previstas no calendário básico — que, entre outras doenças, previnem contra febre amarela, gripe, sarampo e tuberculose. 
As doses são oferecidas gratuitamente nos postos de saúde. No caso de as crianças não terem sido vacinadas, os pesquisadores vão querer saber o porquê: As coberturas vacinais vêm caindo e precisamos entender o motivo. Sabemos que existem algumas causas que envolvem a rede de saúde, mas precisamos saber exatamente quais são elas. 
A pesquisa também vai contemplar as variações por classe social, já que pode haver diferença. A partir disto, poderemos traçar políticas públicas para resgatar o retorno das altas coberturas — justifica a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica da SES, Tani Ranieri. Entre os motivos possíveis, o governo do Estado identifica que notícias falsas, horário restrito de postos de saúde, motivos religiosos e medo dos efeitos colaterais podem estar fazendo com que os índices de vacinação caiam. Além disso, a análise tenta identificar se há pessoas orientadas por profissionais de saúde a não levarem as crianças para imunização. A queda nas coberturas abre a possibilidade do retorno de doenças que já eram consideradas de baixa circulação. 
O caso mais recente é o do sarampo: de 2012 a 2017, o Estado não tinha registros da doença. 
Em 2018, foram confirmados 47 casos e, neste ano, sete pessoas já contraíram a doença. Entrevista de dez minutos As cidades nas quais a pesquisa será feita foram definidas pela SES. Como parâmetros, foram escolhidos municípios com percentuais mais baixos de imunização para a vacina pentavalente (que protege contra difteria, tétano, coqueluche, meningite e hepatite B). A entrevista dura cerca de dez minutos. Cada pesquisador carrega um tablet contendo uma lista de perguntas. O objetivo é ouvir cerca de 1,3 mil pessoas. A diretora de pesquisa do Instituto Amostra, Margrid Sauer, afirma que os pesquisadores estarão abertos a ouvir o que os responsáveis pelas crianças têm a dizer: — Eles vão saber o que aconteceu, por que a criança não foi levada para vacinação. A resposta é preenchida pelo pesquisador e ele vai ouvir o que os pais têm para falar, apesar de termos uma lista de motivos possíveis. A pesquisa deve seguir até o fim do mês de setembro. Depois disso, a estimativa é de que os resultados sejam conhecidos no mês de outubro. A conclusão vai ajudar a SES a definir as próximas campanhas.

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