“Essa foi a última foto que ele fez comigo. Pouco depois, recebi a notícia que estava morto!”.
A frase exclamativa é de Priscila Rosa de Souza, 33 anos, responsável por repassar à reportagem do site Eu Falei Repórter News, o registro que seu primogênito Robert Willi de Souza Oliveira, 16 anos, fez durante a ceia de Natal e a seguir, postado nas redes sociais, agora usado para ilustrar a matéria, imagem que, no Facebook, tem a seguinte descrição:
“Te amo coroa. Só por tá mais um ano com você, tô ganhando. Posso não ter mais nada, mas tendo vc ao meu lado, tenho tudo. Te amo muitooo”.
Após os comes, bebes e a alegria peculiar à data festiva, Robinho, como era conhecido, saiu em direção ao centro de Pinheiro Machado, dizendo à mãe que iria até à praça Angelino Goulart, para ver os amigos, mas, 40 minutos depois, foi a óbito ao receber dois disparos de arma de fogo.
O crime ocorreu na Rua Humaitá, também área central, quando, de acordo com a genitora, o adolescente sofreu duas tentativas de atropelamento por parte de um jovem chamado Maicon, estando ele, acompanhado de um amigo, sendo ainda um mistério quem foi o autor dos disparos.
“Não sei qual deles atirou. Sabemos apenas uma parte sobre o que aconteceu. Fui avisada por uma vizinha que meu filho estava morto, pouco mais de meia hora depois de ele sair de casa, que”, lamenta Priscila, que amplia:
“o Maicon e ele haviam se desentendido recentemente. Essa situação piorou quando, depois de mais uma discussão em frente à sua oficina, meu filho usou uma barra de ferro e quebrou o para-brisa do carro dele”.
Essa versão foi confirmada por Clair Dela Libera, 56 anos, padrasto da vítima.
“Ele, o Maicon, não veio falar com a gente. Pagaríamos o prejuízo que teve. Não havia necessidade dessa violência”, disse o pedreiro, para, a seguir, dar detalhes quanto aos disparos fatais:
“Foram duas tentativas de atropelar o guri, que foi pra calçada. O carro foi manobrado, eles voltaram, desceram, e um deles atirou. Um dos tiros foi no tórax e atravessou o coração, o outro, atingiu a coluna do guri”.
A reportagem Eu Falei, apurou que, ao amanhecer do dia 25, a Brigada Militar encontrou o veículo até então usado pelos suspeitos, abandonado na zona rural do município, onde a família de um deles reside. ambos estão foragidos.
Priscila admitiu que, Robinho se envolveu com drogas, mas, garante que ele havia mudado de vida após um período recluso.
“Usou drogas, mas, após ser flagrado e ficar dois meses internado na instituição para menores, parou com isso. Trabalhava de servente de pedreiro com meu marido e chegava em casa feliz, contando que havia aprendido a cortar cerâmica com a maquíta”, relembra.
“Não como e não durmo. Só consigo tomar mate. Arrancaram um pedaço de mim. Quero justiça! Eles têm que apodrecerem na cadeia. Mataram meu filho que tinha a vida toda pela frente”, acrescenta Priscila, que já havia perdido também no Natal, um irmão de 25 anos, por se suicídio.
Ter perdido e sepultado o filho, além da dor imensa que somente mães que passam por esta situação sabem mensurar, somado a sua revolta, a faz garantir: “essa data eu não comemoro nunca mais. Morreu junto com meu filho”.
Fontes confiáveis atestam que a inimizade entre vítima e um dos autores já identificados, começou em novembro deste ano, mês em que teria ocorrido o dano ocasionado pela barra de ferro ao veículo.
Algumas horas após o ocorrido, a residência de Maicon, situada na Rua Tancredo Neves, foi incendiada e as autoridades atuam para apurar se há relação entre o incêndio e o assassinato.
As circunstâncias dos dois fatos ainda estão sendo investigadas e novas informações deverão ser divulgadas pela Polícia Civil.
Reportagem: Nael Rosa/ site Eu Falei Repórter News

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