quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Vacinação de crianças deve começar na próxima semana

 


O Ministério da Saúde informou que a vacinação contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de idade pode começar na próxima semana. Caso seja confirmada a estimativa da pasta de receber no dia 13 o primeiro carregamento de doses pediátricas da vacina da Pfizer/BioNTech, que foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aplicação no público infantil, os imunizantes poderão estar à disposição dos municípios entre os dias 14 e 15. 

O intervalo entre uma aplicação e outra será de oito semanas, segundo o ministério. "A regra de aprovação do INCQS [Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde] para liberação das vacinas é de cerca de 24 horas. Se cumprida essa estimativa, a vacinação poderá começar no próprio dia 14. Mas a expectativa é que no dia 14 ou 15 os municípios já possam começar a imunização", disse Rodrigo Cruz, secretário-executivo do Ministério da Saúde, na quarta-feira (5). 

O voo com as vacinas pediátricas chegará ao Brasil pelo aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Em janeiro, a Pfizer enviará 3,7 milhões de doses para aplicação em crianças. Os imunizantes chegarão em três remessas, cada uma com 1,248 milhão de doses. Segundo o calendário apresentado pelo Ministério da Saúde, os carregamentos chegarão nos dias 13, 20 e 27. 

Em comunicado emitido na quarta, a Pfizer informou que as doses serão entregues ao Ministério da Saúde a partir da semana de 10 de janeiro, mas não especificou a data. Até o fim de março, o Brasil receberá 20 milhões de vacinas pediátricas da Pfizer. Essa quantidade é suficiente para atender apenas à primeira dose do esquema vacinal de todas as crianças entre 5 e 11 anos de idade do país. 

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), existem ao menos 20 milhões de crianças nessa faixa etária no país. Segundo Cruz, o governo já reservou para o segundo trimestre mais 20 milhões de doses pediátricas para a aplicação da segunda dose. 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o governo não solicitou todos os 40 milhões de doses de atendimento do esquema vacinal completo de crianças para evitar um desperdício de vacinas. "Temos que solicitar mais doses em função da velocidade de vacinação. Se eu solicitar um número muito maior de doses que a expectativa de vacinação, essas doses vão vencer. E cada dose dessa tem um custo. Essa campanha de vacinação para crianças, ela custará ao ministério, se todos os pais decidirem vacinar os seus filhos, cerca de R$ 2,6 bilhões. É uma quantia expressiva, e nós temos que ter responsabilidade com a aplicação dos recursos públicos."

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