O reinício das atividades letivas nos sistemas público e privado de ensino do Rio Grande do Sul ocorrerá de forma gradual e na modalidade remota a partir de 1º de junho para manter o distanciamento físico entre professores, alunos e trabalhadores da educação em virtude da pandemia de Covid-19.
O retorno integral das aulas presenciais em todos os níveis de ensino nas escolas e universidades gaúchas é projetado somente para o mês de setembro.
A decisão foi anunciada em telecoletiva de imprensa pelo governador Eduardo Leite (PSDB), com a participação dos secretários de Educação, Faisal Karam, e de Planejamento, Leany Lemos, na tarde desta quarta-feira, 27.
As aulas presenciais no ensino público e privado no estado estão suspensas desde 13 de março e a projeção era de retorno gradual em junho, após a antecipação do recesso letivo para que as instituições permanecessem fechadas em maio.
Parte das instituições do ensino privado mantém atividades em EaD validadas pelo Conselho Estadual de Educação (CEEd/RS) para o cumprimento do ano letivo.
A regulamentação sobre o reinício das aulas de forma não presencial em junho será publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) até a próxima sexta-feira, 29.
O modelo para a retomada das atividades letivas remotas será por etapas.
Foram definidas fases divididas por períodos de 15 dias para a análise do sucesso da fase anterior. “Por ora, prioridade é fortalecer as aulas remotas e a aprendizagem em casa”, explicou o governador ao apresentar a Fase 1 do modelo.
As atividades serão aplicadas por meio da plataforma Google for Education. De acordo com o secretário de Educação, serão criadas cerca de 37 mil salas de aula virtuais, inclusive salas dos professores e para recreio virtual.
A segunda fase do planejamento, ainda em elaboração pelo governo, deverá ser divulgada no dia 15 de junho e contará com um protocolo de saúde para vigorar quando do retorno de atividades presenciais específicas a partir de 1º de julho.
Na Fase 2 iniciam as atividades práticas do ensino superior, como o trabalho de laboratórios, calendário acadêmico de pesquisas e estágios superiores.
Ainda sem definição, a Fase 3 projeta o retorno prioritário das aulas presenciais nas escolas de educação infantil e ainda a possibilidade de restabelecer o ensino infantil presencial junto ao ensino fundamental.
A secretária estadual de Planejamento, Leany Lemos, explicou que o planejamento do retorno das crianças às escolas leva em conta a complexidade dessa modalidade de ensino e a realidade das famílias.
Segundo ela, 80% dos inscritos no Cadastro Único do RS são mães solteiras. “Sempre olhando a curva da pandemia, sempre nos guiando por ela. Mas também olhando para toda essa complexidade”, disse.
Os cenários projetados pela equipe de governo de acordo com a análise do controle da pandemia não descartam o retorno do ensino médio. Enquanto isso, ressaltou Leite, a orientação é para que “as crianças permaneçam em casa”, mesmo com o reinício das atividades da educação infantil. Conforme o planejamento do governo, as aulas presenciais em todos os níveis de ensino deverá ser autorizada somente no mês de setembro.
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