A afirmativa de que ela voltou ser exatamente o que reza em seu slogan: “A Maior Oferta de Ovinos do Brasil”, poderia estar alicerçada em números como os 1.215 animais comercializados no tradicional Rematão, os R$ 9.840,00 obtidos com a venda de apenas um carneiro da raça Merino Australiano e, por fim, nos R$ 1,2 milhão, cifra movimentada nos quatros dias do evento.
Mas, ao ser entrevistado pelo site Eu Falei, parceiro do Pinheironline, Paulo Alves é enfático: a base para o sucesso, para a retomada da Feovelha, entende o presidente do Sindicato Rural de Pinheiro Machado, foram as 50 mil pessoas que passaram entre os dias 30 de janeiro e 2 de fevereiro, pelo Parque Charrua.
“Afirmo: o público sintetiza a retomada de tudo em torno dessa marca muito forte, pois, sem ele, ausente em muitas edições, algumas dessas, apenas comerciais, não seria possível o retorno da autoestima dos pinheirenses, através de algo que não mais nos pertence, e sim, ao Brasil”, opina Alves.
Para o gestor, a diretoria trabalhou muito para que houvesse a venda de 100% dos ovinos em oferta, mas, o faturamento recorde é apenas um dos tantos pontos positivos e que servem de estímulo para que sua gestão comemore sim, mas que, na mesma intensidade, “arregace as mangas”, focando na edição 42, em 2026.
Paulinho, como é conhecido no município situado na Zona Sul do RS e que tem pouco mais de 11 mil habitantes, concorda que, ao terem que partir do zero e com pouco recurso em caixa, o desafio vencido foi maior. Mas a decisão de não cobrar sequer um centavo para o acesso à festa, permitiu atrair não somente a população local, mas, ofertando ainda a todos da região, estado e até fora do chamado “Garrão Brasileiro”, um casting de atrações de gêneros distintos e que poderão ser ampliadas no próximo ano.
“Do que ocorreu na pista de Velocross, passando pelo Pavilhão da Indústria e Comércio, com parada obrigatória na arena das gineteadas, até o Feovelha Show, que reuniu grupos, bandas e cantores de diferentes estilos, dá a nós a convicção de que fizemos um bom trabalho”. Ele acrescenta:
“o Charrua é lindo, portanto, ao menos eu, não aceito que ele não fique lotado durante a festa. Para tal, além do investimento necessário na melhora da estrutura, o entretenimento e a diversificação cultural, foram essenciais para manter, principalmente no final de semana, o público até as 4 da madrugada, se divertindo no interior parque”.
Quanto a decisão de não cobrar pelo acesso, renunciando desta maneira uma receita impactante para dar sustentação financeira para algo cujo custo é elevadíssimo, o presidente discorda, e tal negativa está baseada em que define ter sido o detalhe essencial da receita: planejamento.
“Quando lancei meu nome junto aos associados do Sindicato, não taxar a entrada ao Charrua integrou o plano para a possível eleição. Mas, preciso dar créditos também a minha esposa Vivi Alves, que detém a expertise para elaborar todos os projetos que permitiram usar nossa credibilidade e, com esta, bater às portas dos nossos parceiros, entre estes, o governo do Estado, com quem captamos quase R$ 100 mil, para tentar e conseguir os recursos usados”, reconhece.
“Obviamente, com a colaboração imprescindível de órgãos como, a Emater, a Vivi foi a principal responsável por unir todos os elos do necessário para que pudéssemos fechar as contas sem contar com os valores dos quais optamos por abrir mão ao não cobrar pelo acesso”.
O responsável pela entidade que dá suporte ao produtor rural em Pinheiro, entende que, diante do exposto acima, coube a ele apenas apostar na marca forte no meio a qual está inserida.
“Apenas uma das tantas provas de que a Feovelha é muito forte, que, até mesmo na pandemia de Covid-19, situação negativa de saúde pública mundial, a feira foi realizada. Então, concluo externando novamente nossa sensação perante a tamanho êxito: resgatamos tanto a motivação, quanto a autoestima dos pinheirenses”.
Reportagem: Nael Rosa
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