A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) foi arrematada em leilão realizado na bolsa de valores de São Paulo, a B3, na manhã desta terça-feira (20).
O grupo Aegea foi o vencedor da disputa com uma oferta de R$ 4,151 bilhões, que representa ágio de 1,15%. Esse montante é pouco acima do preço mínimo de R$ 4,1 bilhões estipulado para a liquidação do patrimônio da Corsan.
Apenas a Aegea apresentou proposta no certame. Maior empresa do setor no Brasil, a Aegea já opera uma parceria público-privada (PPP) com nove municípios da região metropolitana de Porto Alegre.
O vice-presidente de Relações Institucionais da Aegea, Rogério Tavares, afirma que o fato de a empresa já atuar no Estado por meio da PPP com a Corsan ajuda nesse processo de aquisição do controle da companhia. Tavares afirma que o objetivo da Aegea é ajudar o Estado a promover mais desenvolvimento econômico por meio do saneamento:
— Isso nos trouxe mais conhecimento da realidade do Estado. Nós conseguimos também conhecer bastante a companhia e nos aproximar bastante do pessoal da companhia. A gente tem uma ótima relação. Para nós é bem mais tranquilo esse processo, na medida que há um razoável conhecimento do Rio Grande do Sul e do nosso interesse em ajudar o Estado a crescer.
O diretor-presidente da Corsan, Roberto Barbuti, destacou que a transição ocorre a partir de hoje até a data do contrato, respeitando as regras previstas nesta etapa:
— O grande desenho aqui da privatização da Corsan foi de realmente tocar essa agenda de investimentos, acelerar e melhorar a qualidade do serviço. Isso você não faz sem um pessoal qualificado. A realização do leilão da Corsan ocorre após uma série de embates judiciais.
Na segunda-feira (19), o governo do Estado conseguiu garantir a realização da disputa para privatização da companhia. O certame havia sido suspenso pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4) na última quinta-feira (15), mas uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) anulou a medida, a pedido do governo do Estado, na noite de segunda-feira.
Apesar da liberação da concorrência, o presidente da Corte, ministro Lelio Bentes Corrêa, manteve vedada provisoriamente “a realização de qualquer ato que envolva assinatura do contrato de compra e venda das ações detidas pelo Estado do Rio Grande do Sul no capital social da Corsan ou a efetiva transferência de tais ações ao adquirente”.
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