terça-feira, 15 de outubro de 2019

Diretor da Ouro Negro Energia cobra posicionamento do governo sobre proposta de criação de leilões estruturantes

Avaliação é que ação permitiria uma concorrência maior aos complexos térmicos a carvão
Em defesa às usinas termelétricas, a Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM) defende a proposta de criação de um leilão estruturante para a energia movida à carvão.

No Rio Grande do Sul, a medida é defendida de forma enfática por Sílvio Marques, presidente da Ouro Negro Energia. De acordo com ele, a implantação do leilão estruturante permitiria uma concorrência maior aos complexos térmicos a carvão. 

O empresário, que negocia a instalação de um complexo termoelétrico em Pedras Altas, pondera que as térmicas disputam com outras fontes, como eólica, hídrica e solar, em condições desfavoráveis. "Por isso o custo das térmicas é muito superior, de modo que as renováveis vendem a sua energia por valor menor que as térmicas", aponta. Segundo ele, investidores do ramo térmico, temerosos, não arriscam investir, já que nem sempre a Taxa de Retorno do Capital Investido é minimamente razoável. 

De qualquer forma, a empresa já está cadastrada para o leilão de energia A-6, que acontece na sexta-feira, 18. Por outro lado, Marques aponta que as fontes alternativas não garantem o suprimento de energia elétrica para o parque industrial existente e atribui a esse agravante a bandeira vermelha e custo elevado da energia para o consumidor é essa. Para ele, a alternativa para equacionar o impasse é "muito investimento em renováveis e permitir que as térmicas de base sejam implantadas e sejam acionadas nos momentos em que os ventos, a água e o sol não garantam o suprimento. 

Por isso a defesa de um Leilão Estruturante para as térmicas. Com isso ganha o Sistema Nacional e ganha a sociedade brasileira", explica. Marques diz acreditar que o programa Estruturante garantirá a sobrevivência das regiões mineiras, como Candiota, que, segundo ele, pode sofrer com o enfraquecimento das térmicas e consequente declínio econômico. 

O empresário busca uma movimentação das lideranças regionais a fim de pressionar o governo gaúcho a se posicionar em defesa da região mineira de Candiota, fortalecendo, assim, a defesa do Programa Estruturante junto ao Governo Federal. Contudo, até o momento, "não se ouve uma palavra de apoio do Executivo Gaúcho", finaliza.

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