Em defesa às usinas termelétricas, a Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM) defende a proposta de criação de um leilão estruturante para a energia movida à carvão.
No Rio Grande do Sul, a medida é defendida de forma enfática por Sílvio Marques, presidente da Ouro Negro Energia. De acordo com ele, a implantação do leilão estruturante permitiria uma concorrência maior aos complexos térmicos a carvão.
O empresário, que negocia a instalação de um complexo termoelétrico em Pedras Altas, pondera que as térmicas disputam com outras fontes, como eólica, hídrica e solar, em condições desfavoráveis. "Por isso o custo das térmicas é muito superior, de modo que as renováveis vendem a sua energia por valor menor que as térmicas", aponta.
Segundo ele, investidores do ramo térmico, temerosos, não arriscam investir, já que nem sempre a Taxa de Retorno do Capital Investido é minimamente razoável.
De qualquer forma, a empresa já está cadastrada para o leilão de energia A-6, que acontece na sexta-feira, 18.
Por outro lado, Marques aponta que as fontes alternativas não garantem o suprimento de energia elétrica para o parque industrial existente e atribui a esse agravante a bandeira vermelha e custo elevado da energia para o consumidor é essa.
Para ele, a alternativa para equacionar o impasse é "muito investimento em renováveis e permitir que as térmicas de base sejam implantadas e sejam acionadas nos momentos em que os ventos, a água e o sol não garantam o suprimento.
Por isso a defesa de um Leilão Estruturante para as térmicas. Com isso ganha o Sistema Nacional e ganha a sociedade brasileira", explica.
Marques diz acreditar que o programa Estruturante garantirá a sobrevivência das regiões mineiras, como Candiota, que, segundo ele, pode sofrer com o enfraquecimento das térmicas e consequente declínio econômico.
O empresário busca uma movimentação das lideranças regionais a fim de pressionar o governo gaúcho a se posicionar em defesa da região mineira de Candiota, fortalecendo, assim, a defesa do Programa Estruturante junto ao Governo Federal. Contudo, até o momento, "não se ouve uma palavra de apoio do Executivo Gaúcho", finaliza.
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