A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu, nesta sexta-feira (27), acionar a bandeira tarifária vermelha patamar 2 em outubro.
Dessa forma, a conta de luz terá cobrança adicional de R$ 7,87 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Isso representa aumento em relação a setembro, quando a bandeira era vermelha patamar 1.
Segundo a Aneel, a bandeira patamar 2 foi acionada por dois fatores:
o risco hidrológico, quando o nível de chuvas está baixo; e
o preço de referência da energia, que tem aumentado por conta da seca.
O consumo médio em uma casa brasileira na zona urbana é de aproximadamente 150 kWh a 200 kWh (sem ar-condicionado).
Cenário de energia mais cara
O acionamento das bandeiras amarela ou vermelha patamar 1 e 2 pela Aneel aponta para um cenário de geração de energia mais cara.
Com a seca na região Norte do país, usinas hidrelétricas importantes estão gerando menos energia.
Por isso, para atender aos horários de pico de consumo e baixa geração de energia renovável, no início da noite, é necessário acionar usinas termelétricas –que são mais caras.
Depois, em setembro do mesmo ano, a Aneel criou a bandeira "escassez hídrica" – a mais cara de todas – para atender ao sistema elétrico nacional em situação severa de seca, que afetou a geração de energia pelas hidrelétricas.
A bandeira "escassez hídrica" ficou em vigor até abril de 2022, quando a Aneel acionou a bandeira verde – sem cobrança adicional na conta de luz.
Saiba quanto custa a bandeira
Cada bandeira tarifária acionada pela Aneel pode gerar um custo extra ao consumidor:
🟩bandeira verde (condições favoráveis de geração de energia) – sem custo extra;
🟨bandeira amarela (condições menos favoráveis) – R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado (ou R$ 1,88 a cada 100kWh);
🟥bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis) – R$ 44,63 por MWh utilizado (ou R$ 4,46 a cada 100 kWh);
🟥bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – R$ 78,77 por MWh utilizado (ou R$ 7,87 a cada kWh).
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