A prefeitura municipal através da secretaria de Saúde promoveu nesta quarta-feira, 22, a VII Conferência Municipal de Saúde em Pinheiro Machado.
A conferência foi uma etapa preparatória da 9ª Conferência Estadual de Saúde e da 17ª Conferência Nacional de Saúde, com o tema central “Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia – Amanhã vai ser outro dia”.
As conferências de saúde debatem e aprovam diretrizes para a formulação das políticas de saúde. Fazemos um chamamento a todos os militantes do Controle Social, entidades e movimentos sociais e a todos os cidadãos para que participem desse processo de construção.
Na abertura do evento, a farmacêutica e presidente do conselho municipal de saúde, Carla Trassante destacou que ficou muito feliz em ver tanta gente reunida para debater sobre o SUS.
“Desta forma fortalecemos o SUS, pois ele é um gigante. Um levantamento do IBGE mostrou que 70% da população brasileira só depende somente do SUS. 140 milhões de brasileiros só tem acesso a serviços de saúde, a consultas médicas, consultas odontológicas, de enfermagem, aos seus medicamentos, a todos os serviços que nós profissionais de saúde oferecemos através do SUS. 140 milhões de brasileiros precisam de nós e dos nossos serviços. Precisam que nós nos unamos e defendamos esse sistema. Eventos como o de hoje é que fortalecem esse gigante. Que nós consigamos debater, que nós consigamos colocar as nossas ideias”, frisou Carla.
O secretário de Saúde, Diego da Silva Moreira parabenizou todas pessoas envolvidas na realização da Conferência e pediu para todos presentes olhar o SUS, não só como colaboradores e sim como usuários.
“Hoje é o dia da gente debater, hoje é o dia da gente defender o nosso Sistema Único de Saúde. Então eu sempre peço pra todos que trabalhem com empatia, que se colocam no lugar das pessoas porque a gente presta o serviço, mas nossos pais, nós, nossos filhos, são usuários do Sistema Único de Saúde”, destacou.
O prefeito Ronaldo Madruga presente no evento destacou ser uma honra participar da 7ª conferência de saúde.
“Saúde se faz todos os dias, saúde é ter empatia e o gestor não faz nada sozinho sem vocês. Ontem, na Câmara de Vereadores, a vereadora Elizete fez uma moção de aplauso pra mim e para o vice-prefeito Rogério. E eu disse pra ela, essa moção de aplauso não é para nós é para todos os servidores, é para vocês. Por quê? Porque nós não fizemos nada sozinho, nós apenas somos os condutores, nós dizermos, nós falamos qual é o caminho e vocês, seguem a nossa gestão e seguem o que nós criamos pra fazer o SUS, pra fazer um município melhor.
Então nesse dia dessa homenagem eu agradeço os vereadores que votaram a favor, o aplauso não é para mim e nem pro Rogério. Quem votou a favor votou a favor do aplauso para vocês, não para nós”, frisou Ronaldo.
O prefeito ainda enfatizou que os municípios passaram por um grande problema sanitário no país durante o covid-19 que foi a falta de médicos.
“Trilhamos CREMERS, conselhos médicos do Rio Grande do Sul, Conselho Federal de Medicina em Brasília e nossas respostas sempre foram as dificuldades nunca nos apresentaram soluções para termos médicos nos municípios.
Sempre havia uma discussão pra amanhã, contestavam nossas propostas e hoje falando não em partido, mas falando em política de gestão, quando Governo Federal apresenta a proposta dos volta do mais médicos, aonde permite que mestres formados no estrangeiro possam vir a atuar no Brasil, o CREMERS se posicionar contra, mas não se preocupa nunca com a saúde, nunca com o usuário, nunca com quem precisa do sistema e sim com o corporativismo porque nós tivemos no Conselho Federal de Medicina e nada eles faziam”, explicou.
Ronaldo ainda ressaltou que em Brasília, enquanto aguardava com o presidente, o Conselho Federal de Medicina dizia que médico formado no estrangeiro não tinha legalidade.
“Ainda bem que tem uma outra gestão que pensa diferente, nós pensamos diferentes, médicos formados estrangeiros tem tanta ou melhor formação que os médicos formados no Brasil. Por quê? Porque lá eles podem atuar, se lá eles podem atuar, lá eles também salvam vidas e aqui também salvam vidas graças esse entendimento de uma nova gestão.
Eu faço esse desabafo porque às vezes as pessoas quando faltam médicos não sabem os caminhos que a gente trilha” afirmou.
Finalizando sua fala, o prefeito ainda colocou que a atual gestão conseguiu corrigir algumas injustiças referente a insalubridades.
“Eu tenho que fazer essa exposição, eu não tenho medo da minha palavra e todos que sabem como eu ajo na política, como eu me comporto, como eu falo, me posiciono, alguns não gostam, outros gostam, mas é falar a verdade e a gente sempre quando fala a verdade tem o caminho da verdade”, completou.
A 7ª conferência teve como objetivos, debater o tema central com enfoque na garantia dos direitos e na defesa do SUS, da vida e da democracia; reafirmar e efetivar os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), da universalidade, integralidade e equidade para garantia da saúde como direito humano, com a definição de políticas que reduzam as desigualdades sociais e territoriais, conforme previsto na Constituição Federal de 1988, e nas Leis nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 e nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990; mobilizar e estabelecer diálogos diretos com a sociedade pinheirense acerca da saúde como um direito constitucional e da defesa do SUS; garantir a devida relevância à participação popular e ao controle social no SUS, com seus devidos aspectos legais de formulação, fiscalização e deliberação acerca das políticas públicas de saúde por meio de ampla representação da sociedade, em todas as etapas da 17ª CNS; avaliar a situação de saúde, elaborar propostas que atendam às necessidades de saúde da população e definir as diretrizes que devem ser incorporadas no Plano Municipal de Saúde e construir uma mobilização permanente das forças da sociedade, que parte do monitoramento das deliberações da VII Conferência, para garantia de direitos sociais e democratização, em especial, as que incidem sobre o setor saúde.
Os eixos temáticos da 7ª conferência foram o Brasil que queremos; o papel do controle social e dos movimentos sociais para salvar vidas; garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia e amanhã vai ser outro dia para todas as pessoas.