sexta-feira, 12 de julho de 2024

Leco e Luana continuam a luta por Naomi: "acreditamos que a comunidade pinheirense vai nos ajudar a curar nossa filha"


A batalha travada pela manicure Luana dos Santos Garcia, 35 anos, e por seu marido, o policial militar Alex Sandro Pacheco dos Santos, o Leco, 47 anos, ambos pinheirenses, começou ainda na gestação da pequena Naomi, agora com oito meses.

Ao conversar, por telefone com a reportagem, a postura firme e necessária para não fraquejar diante de tamanho desafio que envolve a saúde da filha, não se manteve durante todos os 15 minutos da entrevista.

Ela se emocionou e, consequentemente, chorou após as demais indagações, o que demonstra o drama que ela e Leco enfrentam desde quando a filha estava sendo gerada, situação que, infelizmente, ainda tem muitos capítulos pela frente.

“Foi uma gravidez extremamente complicada. Tive sangramento, possibilidade muito grande de abortar, fiquei 24 horas em trabalho de parto e sofrendo muito, e acabei necessitando de uma cesariana. Ela nasceu prematura, com apenas 35 semanas e, depois de tudo isso, ainda precisei enfrentar a dor de não puder ficar ao lado da nossa filha, já que não pudemos levá-la para casa, pois, somente na UTI, nosso bebê ficou 19 dias, muito deles, no respirador, e agora, tudo isso”, recorda Luana.

Ela se refere aos problemas de saúde de Naomi, que levaram o casal pedir ajuda através de uma Vakinha Online, para custear dezenas de exames pelos quais a menina já passou e ainda terá que passar, e que eles não têm condições de custear.

 O leite que a filha toma, tem o custo de R$ 156,00 cada lata, e dura no máximo cinco dias. Mas este é só um dos detalhes que preocupam a família que, em 2021, deixou Pinheiro Machado e mudou-se para Teutônia.

“Quando ela tinha apenas três meses, passei a desconfiar que algo estava errado. Insisti junto à pediatra quanto a isso, afinal, a Naomi não sentava, não rolava e não ganhava peso e, como eu já havia sido mãe, vi que aquilo não era normal. Mas a opinião da médica diverge da minha, então fui à luta: Conseguimos dinheiro e a levamos em um cardiologista que atestou estenose pulmonar, ou seja: a Naomi tem estreitamento da via de saída dos pulmões, provocando a obstrução do fluxo sanguíneo do ventrículo direito para a artéria pulmonar”, explica.

Era só o princípio da luta para curar a filha. A seguir, novas consultas, todas pagas, entre estas, com uma neurologista pediátrica, uma vez que, pelo o Sistema Único de Saúde (SUS) e nem o IPE Saúde, cobrem este tipo de gasto. Mas não para por aí:

“Ela já tem oito meses e pesa apenas seis quilos. O leite, que ela toma apenas 60 ml, a cada 3 horas quando o normal seria 240 , e que foi receitado pela gastroenterologista a qual estamos pagando, acionamos o Estado na justiça para que ele pague, mas ainda estamos esperando. Naomi também fez 17 exames diferentes, e destes, apenas três conseguimos sem custo”.

O relato da mãe, que já tem uma filha de nove anos, é interrompido por nós com a pergunta sobre a expectativa quanto ao que vem pela frente. A resposta, que veio após um breve silêncio, sintetiza a extrema preocupação dela e do marido, soldado da Brigada Militar.

“Bom: precisamos de dinheiro para tudo. Para pagar R$ 700,00 do pacote com 10 sessões de Fisioterapia, que objetiva estimular o desenvolvimento dela, para o combustível e nos alimentar ao levá-la até Porto Alegre, para as consultas com o neurologista ao custo de outros R$ 700,00, cada. Mas ainda tem a ressonância magnética a ser feita no início de agosto e que, pagaremos pouco mais de R$ 1 mil, lista Luana. Mas os gastos que só estão começando, não param por aí. Ela conclui, relatando a mais nova preocupação dela e de Leco:

“Nossa filha vai ter que fazer dois exames de investigação genética para que os especialistas possam se Deus quiser descartar síndromes. Um custa R$ 682,00, já o outro, que nos preocupa ainda mais, o valor é de R$ 6 mil”.

Mas Leco diz ter esperança que a comunidade onde eles nasceram e só deixaram em busca de oportunidades profissionais para a esposa, ajude, como observou, já está ajudando, para que este drama fique no passado.

“Nascemos e crescemos em Pinheiro. Por décadas, vivemos nesta cidade que também é nossa, sendo esta, acolhedora e solidária, tanto que alguns comércios já colocaram as chamadas“ caixinhas” para arrecadar valores que possam permitir cuidar da saúde de nossa filha. Temos esperanças que nossos amigos continuarão a colaborar para curar a Naomi”, finaliza.

Doações via Pix podem ser encaminhadas para a chave: 02487794003, CPF da mamãe de Naomi. Por favor, se puder, ajude!

Matéria Eunice Garcia

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