segunda-feira, 16 de junho de 2025

Bia Amaral vende todos os ingressos e irá para o W. Music, em Porto Alegre



O propósito representa uma mudança de vida direcionada e conectada ao espiritual.

Bia Amaral, 28 anos, ganha o pão nosso abençoado de cada dia, produzindo e vendendo seus quitutes de porta em porta, em Pinheiro Machado e, entre a comercialização das tantas gostosuras e guloseimas que, com amor e carinho prepara, conta os dias para realizar o sonho de sim, cantar para uma imensa plateia presente no Auditório do Ritter Hotel, em Porto Alegre, mas principalmente, louvar para Jesus e ao Pai dele.

Bia é finalista do Festival de música gospel W.Music, que busca, no Brasil, revelar e desenvolver talentos musicais do gênero, tendo à frente, o maestro Wellington Corrêa, que ainda é fundador e proprietário da gravadora que batiza o evento.

“Não passa perto o sonho de ganhar, mas de realizar que estarei cantando entre os finalistas e sim, quero que seja uma realidade”, projeta a recém batizada pela Igreja “O Brasil Para Cristo”, de Pinheiro Machado.

Outro grande desafio era comercializar os 25 ingressos ao valor unitário de R$ 38,00, exigência da organização para que todos possam se apresentar no dia 5 de julho, o que, evangélicos ou não, colaboraram para a jovem soltar a voz, adquirindo a totalidade dos passaportes

Conversando oficialmente ou informalmente com a reportagem, ela admitiu que cantar é algo que integra sua rotina desde criança quando, ao residir em Santa Vitória, era levada para a igreja por uma das tias, pois o pai era evangélico.

“E era muito pequena, mas me recordo de estar entre as crianças que participavam do coral”.

O tempo passou, naturalmente, houve um afastamento dos cultos, depois a congregação tornou-se a Universal e louvores tornaram a fazer parte do repertório pessoal, mas, não somente estes. Vieram as quedas comuns à vida, o sofrimento, a separação conjugal, situações que a fizeram buscar a Deus com mais força.

“Deixei de frequentar os cultos, mas jamais perdi minha fé. Mesmo assim, também cantava outros tipos de músicas, nada depreciativo, o que agora não mais faço. Voltei a inserir somente louvores no meu cotidiano e a sentir novamente a presença de Deus na minha vida, o que aconteceu no momento do meu maior desespero, o rompimento de minha relação”, revela, Bia, agora, oficialmente membra do coral da “O Brasil”, outra grande vontade que conseguiu realizar.

“Os tombos, quedas que tive em minha vida me reaproximaram de tudo que integra o espiritual. Por exemplo: ainda não sendo uma batizada, o que ponderei muito antes de tornar real, tanto quanto os demais presentes à igreja, eu louvava muito, mas na verdade, a vontade era de estar entre elas, à todas que integram o coro. Em abril, tomei finalmente a decisão de me batizar e com isso, passei a compor o coral e, a primeira música que também cantei, foi especial: Espírito, de Gabriela Rocha”, relembra Bia, que tem algo especial para abordar sobre esse hino:

“ainda na Universal, em meio à tristeza pela separação, foi com esse louvor que tornei a buscar a Deus e, em casa, sofrendo, pedi pela presença dele e a senti novamente. Isso ocorreu ouvindo a “Espírito”, portanto, entendo que está sendo cumprida a sua vontade: a de que eu siga seu caminho”.

Bia Amaral a entrevista, lembrando da mãe Juliana Amaral, hoje com 43 anos, a qual afirma, foi a primeira pessoa a incentivá-la a soltar a voz.

“Eu negava, dizia não, mãe, minha voz não é boa. Mas ela insistia: “não, minha filha, tua voz é bonita, é afinada, levas jeito, tens que cantar”. Gratidão, mãe!”

Reportagem Nael Rosa

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